Venâncio Bueno de Camargo, pai do Juacir, após sofrer um derrame fica impossibilitado de continuar na sua profissão de carpinteiro. Nessa época, Mogi Guaçu era apenas uma promissora e pacata cidade com muitas ruas de terra e poucos bairros e era por essas ruas empoeiradas que, para não deixar a família passar necessidades, Venâncio viu a oportunidade de coletar reciclados e vendê-los em pequenos depósitos da região. Juacir tinha apenas cinco anos de idade e acompanhava o pai diariamente.

Após o falecimento de seu pai, e apesar da pouca idade, Juacir ficou responsável por cuidar de sua mãe e irmãs. Dessa maneira assumiu o pequeno negócio iniciado por seu pai e seguiu o caminho da coleta de recicláveis para prover o sustento da família.

Foi um ano de comemoração na Família Bueno e o motivo era simples, ao completar 18 anos, Juacir tira sua Carteira de Habilitação e compra o primeiro caminhão para otimizar o tempo na coleta dos recicláveis. A partir daí, o empreendimento começou a crescer. Na época estavam com um depósito no bairro da Capela em Mogi Guaçu, mas o local de trabalho em pouco tempo começou a ficar pequeno.

Mudaram-se então para um terreno localizado na Avenida John Kennedy, a fim de ampliar a sua sede. O espaço possuía cerca de 3000 m² e, após comprar os lotes nos arredores, aumentou para 6500 m².

Na sede da Av. John Kenedy foi construindo o primeiro galpão, que depois foi ampliado. Após algum tempo esse local também começou a ficar pequeno, exigindo então um espaço maior que comportasse todo o material coletado.

Foi providenciada a construção da nova sede da Bueno, dessa vez localizada no Parque Industrial Mogi Guaçu. A área possuía 13.000 m² e um galpão com cerca de 4.000 m². Nesse mesmo ano, a empresa fez a aquisição de uma máquina espanhola IMABE para prensar os reciclados. Na época foi um passo de grande ousadia, pois além de ser a segunda prensa deste porte importada para o Brasil, a máquina processava grandes quantidades de material. “Todos achavam uma extravagância desnecessária. Realmente na época ela ficava meio período ociosa, pois não tínhamos tanta demanda assim, mas foi um investimento pensando realmente

No dia 16 de novembro de 2002, toda a empresa mudou-se para o Distrito Industrial, apesar do amplo espaço, novamente o local passou a ficar pequeno. Necessitando de uma ampliação, a empresa adquiriu uma área junto à prefeitura, chegando aos atuais 22.000 m² de terreno e cerca de 10.000 m² de área coberta. “Depois que mudamos para o novo galpão, nós modernizamos quase todas as etapas de produção com a implantação de processos automatizados, deixando apenas a seleção do material de modo manual. Desse ano em diante o crescimento se deu de forma mais acelerada. Começaram a surgir novas oportunidades e

É adquirida a segunda prensa com um porte maior do que a primeira importada da IMABE. Com o crescimento da empresa, aumentou também o número de funcionários e a frota. A Bueno então se especializou no segmento de papel, sem deixar de coletar e processar outros materiais recicláveis gerados em processos industriais. Hoje a empresa está consolidando-se no mercado como “gestora de resíduos”.

Em 2019, a marca Bueno passou por uma reformulação de sua marca com o objetivo de expressar toda a modernização pela qual a empresa vem passando. Hoje, mais do que coletar sucata, a empresa presta um serviço completo de gestão de resíduos sólidos.